sábado, 1 de dezembro de 2012

Educação no Brasil: Relatórios e Reclamações.


 Em setembro desse ano, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgou que, em dez anos, o investimento do Brasil em educação saltou de 10,5% para 16,8% dos gastos públicos. Valor acima da média dos 36 países que fazem parte da organização, que é de 13%.
Esse aumento substancial de investimento significou grandes avanços para a educação brasileira? Claramente, não. Precisamos focar mais na avaliação qualitativa, do que na quantitativa. Multiplicar prédios, contratar mais funcionários e aumentar o número de vagas, de nada adianta se não buscarmos a qualificação dos nossos profissionais, se não repensarmos as práticas pedagógicas do nosso país, que poderiam ser a grande alavanca para um real desenvolvimento humano no Brasil.
O Estado burocratizado quer saber dos relatórios, números e índices, empregando dinheiro e tempo para equipar um sistema educacional ineficiente e esquecendo-se de reestruturá-lo.
Temos o problema do processo político, que muitas vezes impede a implementação de políticas consistentes e de longo prazo para a educação, devido aos governos procurarem resultados apresentáveis no curto prazo. Em resposta a isso, as instituições civis deveriam se organizar e criar um diálogo conjunto sobre a nossa educação. Essa capacidade de integração e possibilidade de resultados a partir disso, é chamada, por muitos sociólogos, de capital social.
Não podemos ficar esperando melhorias na educação de cima para baixo, precisamos estruturar algo de baixo para cima.  O avanço precisa começar em cada cidade do nosso país, dando mais possibilidades de cobrarmos os grandes governos.

Álvaro Jr.

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