Em setembro desse ano, a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgou
que, em dez anos, o investimento do Brasil em educação saltou de 10,5% para
16,8% dos gastos públicos. Valor acima da média dos 36 países que fazem parte
da organização, que é de 13%.
Esse
aumento substancial de investimento significou grandes avanços para a educação
brasileira? Claramente, não. Precisamos focar mais na avaliação qualitativa, do
que na quantitativa. Multiplicar prédios, contratar mais funcionários e
aumentar o número de vagas, de nada adianta se não buscarmos a qualificação dos
nossos profissionais, se não repensarmos as práticas pedagógicas do nosso país,
que poderiam ser a grande alavanca para um real desenvolvimento humano no
Brasil.
O Estado
burocratizado quer saber dos relatórios, números e índices, empregando dinheiro
e tempo para equipar um sistema educacional ineficiente e esquecendo-se de reestruturá-lo.
Temos o
problema do processo político, que muitas vezes impede a implementação de
políticas consistentes e de longo prazo para a educação, devido aos governos
procurarem resultados apresentáveis no curto prazo. Em resposta a isso, as
instituições civis deveriam se organizar e criar um diálogo conjunto sobre a
nossa educação. Essa capacidade de integração e possibilidade de resultados a
partir disso, é chamada, por muitos sociólogos, de capital social.
Não
podemos ficar esperando melhorias na educação de cima para baixo, precisamos
estruturar algo de baixo para cima. O
avanço precisa começar em cada cidade do nosso país, dando mais possibilidades
de cobrarmos os grandes governos.
Álvaro Jr.
Para melhorar a educação precisamos de todos!
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